data-filename="retriever" style="width: 100%;">Quando estamos radiantes ou jururus, nada melhor do que bater um papo com as irmãs que a vida nos traz ao longo da vida. Pode ser durante um café, uma caipira ou até um copo d'água. Sempre brota uma conversa interessante. Os dias agitados podem nos deixar ansiosas e, desabafar com uma amiga, é impagável. Mesmo que a situação não mude em nada, o coração já fica aliviado.
Estou falando de amigas cultas, evoluídas, desprovidas de preconceitos, que sabem o que querem da vida. Aquelas que não fazem rodeios para dizer o que precisamos ouvir, mesmo que não seja tão fácil de engolir o conselho. Tanto faz se nos encontramos diariamente, mensalmente ou anualmente. O que importa é que as mulheres são verdadeiras, leais e cúmplices. Sim, eu tenho uma ampla rede de amizades e acredito na voz delas, muito! Iluminam o meu caminho em tempo integral.
Participo de grupos femininos em diferentes espaços e, em todos eles, ouço vozes sábias. Geralmente, no meio das conversas, refletimos sobre a vida das que nos antecederam. Consideramos importante a trajetória de cada uma que lutou para hoje estarmos votando, estudando, pesquisando e trabalhando com mais liberdade. Somos gratas a todas. Acreditamos que nossas filhas e netas terão os benefícios dos nossos esforços atuais e terão muito mais autonomia no futuro.
Recentemente, tive a oportunidade de fazer uma pequena viagem com um grupo de mulheres. Algumas amigas antigas e outras conheci nesse episódio. As idades variavam entre 30 e 70 anos. Em determinados instantes tive a sensação de estar entre adolescentes. Cantamos, dançamos e rimos muito. Uma puxava a palavra, a outra já lembrava uma música e, em segundos, éramos todas participantes de um show de canto e requebrado em um ônibus balançante. Ninguém reclamava do chacoalho do transporte desgastado, apenas curtíamos aquele momento mágico. Tem remédio melhor? O motivo do passeio era participar do lançamento de uma champanhe. Isso que eu chamo de unir o útil ao agradável!
Tudo era desculpa para soltar o riso. Já ao subir no ônibus, o primeiro incidente: puxaram os fios da meia de uma elegante dama a qual, quase perdendo a elegância, saiu em disparada até o mercado mais próximo. Conseguiu, felizmente, adquirir outra semelhante. Entretanto, na pressa, esqueceu o produto no caixa do estabelecimento. Automaticamente choveram elogios para as suas pernas, considerando que meias eram totalmente desnecessárias. No auge da festa outra escorregou na grama do magnífico jardim e agradeceu estarem todas embriagadas não percebendo o pequeno mico. Fazer caras, bocas e poses naquele entardecer, que insistia em apresentar o mais belo tom rosado no horizonte, combinando com os tons do espumante ultra-premium batizado de Isadora Rosé Nature, foi incrível.
E o que falar do nosso coral desafinado, que insistia em acompanhar os cantores profissionais, sem sequer saber a letra das músicas? Participávamos, inundadas da mais pura felicidade, com um lá-lá-lá que fazia cócegas em nossas cordas vocais. Enfim, subir no palco e rebolar ao som de uma música gaúcha como se fosse funk foi moleza. E quando passávamos umas pelas outras dizendo: "gurias, estou indo desbeber, quem vem comigo?". Era o sinal para enfrentar o itinerário até o banheiro e se livrar do espumante ou vinho com um certo receio de errar o caminho. Uma amiga nessa hora é tudo! Além de, no máximo, ficarmos perdidas por um breve período, sabíamos do empréstimo do batom, escova e perfume. Relembrar os ápices desse evento traz uma leveza na alma. Agradeço as Mulheres Donas de Si por mais esse acontecimento que nos proporcionou um sorriso duradouro que vai até o canto dos olhos. Um brinde a amizade!